A motivação para este projecto surgiu da iniciativa lançada pela Presidência Portuguesa da União Europeia, Business and Biodiversity (B&B). Sob a interpelação da Fundação Portuguesa Cuidar o Futuro, a Quercus organizou um seminário em Setembro de 2007 seguido de um workshop, do qual resultou uma posição acerca do que as ONG esperavam dessa iniciativa, que foi subscrita por ONG nacionais, estrangeiras e pela maior Federação de ONG Europeia, o EEB. Esse documento foi depois distribuído na High Level Conference on Business and Biodiversity promovida pela Presidência Portuguesa da UE em Lisboa.
Posteriormente e em parceria com duas ONGs, da Alemanha e Eslovénia, a Quercus foi acompanhando o desenvolvimento do Business and Biodiversity na Europa e participando activamente na organização de conferências e workshops no estrangeiro, incluindo um evento paralelo à 9ª Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica, realizada em Bona, onde fez uma apresentação pública.
A Quercus através dos seus diversos contactos internacionais apercebeu-se da existência de vários relatórios, estudos e outras ferramentas que se encontram dispersas, mas que poderiam tornar-se em recursos bastante úteis para as empresas, se fossem organizadas e disponibilizadas de forma acessível.
Desta forma surgiu a ideia de disponibilizar esses recursos em Portugal e de colaborar na mobilização das empresas para a integração da componente biodiversidade nas suas políticas e funcionamento, numa óptica de colaboração com o esforço iniciado pela Presidência Portuguesa da Uniao Europeia através da iniciativa Business and Biodiversity.
Assim, a Quercus avançou com o presente projecto e tornou-se Cooperation Partner da fundação alemã Global Nature Fund, que coordena a "Campanha Europeia Business and Biodiversity", financiada pelo programa LIFE (www.business-biodiversity.eu).
As letras E (de Empresas) e B (de Biodiversidade) quando juntas fazem lembrar as asas de uma borboleta, organismo pertencente a um dos grupos com maior biodiversidade no planeta. Por isso escolheu-se a borboleta como símbolo do projecto, integrada num círculo azul em alusão ao planeta Terra, uma vez que a relação das empresas com a biodiversidade, tanto a nível de impactes como de dependência, assume uma dimensão global.
Paula Lopes da Silva licenciou-se em Biologia na Faculdade de Ciências de Lisboa em 1993 e frequentou o Mestrado de Gestão e Ecologia de Recursos Marinhos na Faculdade de Ciências e Tecnologia, tendo desenvolvido investigação em ecologia de estuários. Iniciou o seu trabalho profissional na Liga para a Protecção da Natureza e foi posteriormente dirigente dessa ONG. Complementou a sua formação nas áreas de gestão ambiental, qualidade, ruído e educação ambiental. Fez consultoria para diversas empresas e colaborou com o Ministério da Ciência e Tecnologia na preparação de dados para o primeiro Livro Branco da Ciência em Portugal. Trabalhou como Chefe de Ambiente na Parque Expo S.A. no âmbito da Expo'98, e trabalha desde 1999 como técnica superior no Sector de Ambiente da Câmara Municipal da Moita. Como consultora independente organizou eventos nas áreas do ambiente, energia, turismo sustentável, bem como software livre e usabilidade. Actualmente colabora com associações a nível europeu e nacional, tendo representado as ONGA portuguesas membros do European Environmental Bureau (EEB) no órgão directivo dessa Federação; desde 2006 colabora como voluntária da Quercus na área da biodiversidade, em matérias relacionadas com políticas europeias e assuntos internacionais, tendo sido também dirigente nacional. Actualmente trabalha como coordenadora do projecto Empresas e Biodiversidade.
O projecto Empresas e Biodiversidade, cujo objectivo principal é sensibilizar as empresas para a integração da biodiversidade nas suas políticas, gestão e operações, enquadra-se nas políticas internacionais e nacionais seguintes:
A missão deste projecto é contribuir para a mobilização das empresas relativamente à integração da Biodiversidade nas suas estratégias, políticas, gestão, operações e reporting e proporcionar um conjunto de recursos às mesmas, colaborando também na melhoria e adaptação desses recursos sempre que possível.
Este projecto insere-se na visão ou objectivo último da promoção da sustentabilidade através da actuação responsável das empresas, contribuindo no sentido de valorizar as empresas e produtos que melhor respeitem a conservação da Natureza, nomeadamente os serviços prestados pela biodiversidade e ecossistemas. Através deste projecto, a Quercus pretende assumir não um papel de protagonista, mas sim de elemento facilitador e catalizador de mudanças, que serão necessariamente protagonizadas pelas empresas.
Desenvolver plataforma internet para classificação e pesquisa documental, em português e inglês, organizada por áreas sectoriais, entre outras valências.
Dinamização de reuniões, nomeadamente seminários e workshops, de âmbito nacional e internacional, como contributo para a mobilização de determinado sector empresarial, abordagem de aspectos metodológicos, apresentação de resultados, etc. Sempre que possível dar-se-á destaque a casos-estudo positivos.
Desenvolvimento de contactos a nível nacional e internacional, para troca de informação e desenvolvimento de parcerias.
Dinamização de áreas metodológicas e abordagens inovadoras em colaboração com empresas que trabalhem na área da sustentabilidade e demais organismos que possam ter um papel activo na matéria.
Abordagem dentro do possível direccionada aos sectores listados pela Comissão Europeia (agricultura, floresta, finança, turismo, abastecimento alimentar, mineração) mas sem excluir empresas de outros sectores potencialmente interessadas em colaborar.
O financiamento do presente projecto é feito através de candidaturas a programas de âmbito nacional ou internacional promovidos por entidades governamentais e não governamentais, como fundações, por donativos de valor livre individuais ou de empresas1, podendo ser em dinheiro ou em espécie, respeitado o Regulamento Interno da Quercus, nomeadamente no que se refere ao financiamento da associação. No caso de actividades específicas em vista, como traduções de publicações extensas, seminários temáticos, etc. poderá haver um pedido de apoio com apresentação de orçamento dessas mesmas actividades.
1 De acordo com o Estatuto dos Benefícios Fiscais (Aprovado pelo Decreto-Lei nº 215/89, de 1 de Julho, última alteração Lei nº 15/2010, de 26 de Julho), Artigo 62.º, nºs 6 e 7, os donativos atribuídos às ONG de Ambiente são considerados custos ou perdas do exercício, até ao limite de 6/1000 do volume de vendas ou dos serviços prestados; os donativos podem ser levados a custos, em valor correspondente a 120% do respectivo total.Esta área do projecto está em activo desenvolvimento.
Daremos notícias muito brevemente. Obrigado.
CIGEST | Sustentabilidade - Instituto Superior de Gestão, Grupo Lusófona
Empresas e Biodiversidade – Quercus ANCN
Mais informação no programa oficial
Participação no 4º Workshop
Projecto Banca & AmbienteMais informação no site oficial
Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento
Rua do Sacramento à Lapa 12, Lisboa (mapa)
Mais informação no programa oficial
Apresentações e vídeos em chili.org.
Salão do Marquês, Secretaria de Estado da Agricultura
Praça do Comércio, Lisboa (mapa)
Para mais informação sobre o evento veja aqui.
Apresentações e conclusões do Workshop aqui.
Video-reportagem no QuercusTV.
A Quercus participou na Conferência "Ecosystem Markets -
making them work" promovida pela ACES - A Comunity on Ecosystem Services e pela ESP - Ecosystem Services Partnership, que decorreu
de 10 a 14 de Dezembro em Fort Lauderdale, na Florida, EUA.